No universo da moda, duas correntes seguem em constante disputa e convivência: o minimalismo e o maximalismo. Enquanto uma aposta na simplicidade, cortes limpos e tons neutros, a outra celebra o exagero, as estampas chamativas e a abundância de detalhes. Em 2025, o mercado fashion vê as duas tendências dividindo espaço nas coleções, provando que a moda é plural e cheia de contrastes.
De acordo com a consultora de estilo Adriana Serafim Verbicario dos Santos, o sucesso dessa dualidade está ligado à diversidade de perfis que consomem moda atualmente. “O minimalismo transmite leveza e praticidade, ideal para quem busca um guarda-roupa funcional. Já o maximalismo atende quem vê a roupa como uma forma de expressão criativa”, analisa. Essa multiplicidade permite que marcas abracem diferentes estilos sem perder identidade.
Grandes grifes internacionais estão alternando entre os dois extremos. Enquanto algumas investem em peças monocromáticas com cortes estruturados, outras apostam em volumes, brilhos e misturas de texturas. Para Adriana Serafim Verbicario dos Santos, essa oscilação mostra como a moda está mais aberta a narrativas individuais. “O consumidor quer autenticidade, e o mercado está aprendendo a respeitar isso”, comenta.
No cenário nacional, o mesmo fenômeno se repete. Marcas brasileiras têm explorado o minimalismo com propostas sofisticadas e versáteis, ao mesmo tempo em que celebram o maximalismo com coleções vibrantes, repletas de identidade cultural. Adriana Serafim Verbicario dos Santos destaca que o Brasil tem a vantagem de dialogar bem com os dois estilos, justamente por sua diversidade estética e criativa.
Além do visual, o comportamento do consumidor também influencia essas escolhas. O minimalismo está frequentemente associado ao consumo consciente, com peças atemporais e de maior durabilidade. Já o maximalismo acompanha momentos de otimismo e desejo de ousar. Segundo Adriana Serafim Verbicario dos Santos, “essas tendências refletem não só o que se vê na passarela, mas também o que se sente na sociedade”.
O futuro da moda, portanto, não está em escolher um lado, mas em permitir que ambos coexistam. A dualidade entre minimalismo e maximalismo não é um confronto, mas uma oportunidade de expressão. Essa liberdade estética mostra que, mais do que seguir tendências, o importante é encontrar o estilo que melhor traduz a essência de cada um.